Olá Pessoal!

Hoje trago para vocês a resenha desse "livro estreia" da autora Cecelia Ahern nos YA e em forma de distopia. Se você não conhece a Cecelia Ahern (o que eu acho impossível) provavelmente já ouviu falar em alguma obra que ela tenha escrito pois a autora é famosa por seus livros de romance como "P.S. Eu te amo” ou “Simplesmente Acontece" ambos esses livros tiveram adaptações para filmes. Mas para mudar um pouquinho Cecelia se arriscou e acertou em escreveu um YA distópico que faz parte de uma duologia.


Imperfeitos fala de uma sociedade em que ser perfeito é algo inteiramente essencial, e ser um "imperfeito" é ser alvo de críticas e rejeição, a perfeição é levada tão a sério que existe um tribunal para julgar qualquer ato errado cometido (não necessariamente crimes, mas atos moralmente questionáveis) e as pessoas são marcadas com um "I" em diferentes lugares do corpo de acordo com a sentença, além de perderem privilégios as pessoas tem que se submeter a viverem de acordo com regras extremamente rígidas.





A protagonista dessa história é Celestine North que é uma jovem perfeita, boa filha, ótima aluna e nunca questionou as leis. Ela namora Art Crevan, filho do principal juiz do Tribunal que é uma autoridade bem vista e aclamado por todos na cidade, o que fazia tudo na vida de Celestine ser certo.



Só que em um dia ela se depara com uma cena chocante, uma vizinha de sua família ao qual Celestine conhece muito bem foi levada por uma viatura para ser julgada como imperfeita, e isso desperta nela vários questionamentos, do tipo “o que ela sempre achou certo e o que de fato é o certo”, e com todos esses pensamentos borbulhando na cabeça da mocinha fazem com que ela tome uma atitude que muda completamente a sua vida. 



Do dia para a noite Celestine se torna imperfeita e alvo de crítica e repúdio de alguns e heroína de outros, mas tudo que ela quer é sua vida de volta, o que não é mais possível e nisso acompanhamos o amadurecimento da personagem e autoconhecimento, além de uma base familiar sólida para que ela possa enfrentar as dificuldades que só tende a crescer na história.


O que eu mais gostei do livro é como ele é reflexivo, o anseio por perfeição ou ser o mais certo possível é algo que está em nós, somos pessoas críticas, julgadoras da moral, sempre buscando a verdade, não é mesmo? E a autora conseguiu colocar uma sociedade não tão diferente da nossa só que nisso ela mostra uma questão para pensarmos - quem pode ser tão perfeito moralmente e eticamente ao ponto de julgar os outros? Só o fato de julgar as atitudes dos outros não é um ato de perfeição o que é uma grande ironia nesse livro.

Super indico a leitura, mas se você é fã de distopia não vá pensando que é uma distopia futurista do tipo jogos vorazes por que não é bem mais próximo da nossa realidade mas a critica ao governo é bem relevante e para mim valeu muito a leitura.

Um beijo até a próxima! 😍

Editora: Novo Conceito
Páginas: 368
Ano: 2016